O ano era 2013 e eu era estudante bolsista do curso de Engenharia da Computação, quando descobri que queria ser professora. Parecia uma loucura para as pessoas próximas, fazer engenharia e querer ser professora. Mas, para mim, passou a ser um projeto de vida. Eu dava aula de reforço e monitoria para os meus colegas e eu amava aquela sensação de que as pessoas entendiam bem quando eu explicava e eu passava a dominar mais ainda o conteúdo. Eu tinha um projeto: me formar, fazer mestrado e voltar para dar aula no Ensino Superior.

Mas a vida é uma caixinha de surpresas! Em 2015, passei a estagiar em um grupo de pesquisa de desenvolvimento de um Laboratório Remoto de Robótica Educacional, foi quando eu descobri que aprender programação parecia fazer muito mais sentido quando eu movimentava um robôzinho. Foi aí que comecei os meus estudos na Robótica Educacional. 

Em 2017, após me formar, fui convidada para dar aulas de robótica em uma escola particular. Mas, algo me incomodava: o valor (R$) que a escola havia investido em kits e materiais de robótica. A vida interira fui aluna da Rede Pública e sei que materiais desse tipo não chegam para todas as escolas. Mas o meu sentimento é de que a exlusão por falta de recursos não é justa. Foi quando comecei a pesquisar como eu poderia aprender e ensinar robótica com materiais alternativos. 

Essa inquietação me levou ao Mestrado em Ensino, em que pesquisei sobre Robótica na Educação Inclusiva. A experiência com a Robótica Acessível e Sustentável deu origem ao PROBOT, o meu projeto de robótica para crianças e adolescentes. 

Do PROBOT, surgiu um projeto de formação de professores, que chamei de Da Lousa à Robótica. Tudo parece se enaixar tão bem que, este último, o DLR, me levou ao Doutorado em Ensino, que comecei em 2022.

Eu poderia ter resumido todas essas linhas em 4 ou 5, e você saberia facilmente qual é o meu currículo, mas o que eu quero é que você saiba que a Educação me fez um chamado, eu ouvi e atendi. E, hoje, estou aqui para dividir esse chamado com você!